Agenda do Movimento

10 junho 2008

O que fica do FICA?


Sexta-feira, 13 de junho de 2008,
das 16h30min às 18h,
na Casa de Cora Coralina.
Cidade de Goiás - Goiás - Brasil


Boas-vindas: ANDRÉ TRIGUEIRO, jornalista e ambientalista.


Mediação: PATRICIA MOUSINHO, Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.

Debatedores:
- JORGE ALMADA - Programa de Educação Ambiental e Cultura da Casa de Cora; Coletivo Jovem de Meio Ambiente da Cidade de Goiás.
- RANGEL ARTHUR - Coordenação Geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação.
- SANDRA DE FÁTIMA OLIVEIRA - Núcleo de Pesquisa e Estudos em Educação Ambiental e Transdisciplinaridade da Universidade Federal de Goiás.

O que fica do FICA? O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) chega à sua décima edição. Sucesso inquestionável, o FICA atrai todos os anosmilhares de pessoas para a Cidade de Goiás. Produções de diversaspartes do mundo trazem à tona questões da maior relevância.


Mesas-redondas, oficinas, exposições e shows complementam a festa. O FICA oferece a seus participantes uma verdadeira viagem por diferentes regiões, etnias, estilos e olhares. Meio ambiente é, definitivamente, uma questão global. E durante o FICA, o mundo se apresenta diante denossos olhos.

Muitas vezes nos reconhecemos nos dramas que assistimos. Somos solidários, ficamos tocados. Desfilam diante de nós desastres, denúncias e apelos que mexem conosco. Afinal, aquilo que se vive lá também se vive aqui. Percebemos a importância da qualidade ambiental, entendida não apenas como a proteção dos ambientes naturais, mas comoo respeito a todas as formas de vida, entre elas a vida humana.

E para onde nos leva esta conclusão? Quanto tempo dura o efeito dos filmes e vídeos que assistimos? Como lidamos com o impacto – por vezes assustador – da degradação traduzida em números durante as palestras?Em suma, o que fica do FICA?

Esta é a proposta do nosso debate: encarar de frente o fato de que atéhoje a Cidade de Goiás tem sido somente um belo cenário para o FICA. Injusto, insensato. Goiás poderia e deveria ser um exemplo vivo de qualidade socioambiental. Aqui existe vida o ano todo, e vida quemerece ser protegida e valorizada.

É hora de sair do imobilismo e buscar caminhos para o tão sonhado desenvolvimento da nossa cidade, da nossa região. É hora de refletir sobre o tipo de desenvolvimento que queremos. A sensação de ter paradono tempo pode ser ruim, porém o desenvolvimento a qualquer custo é bempior. A crise ambiental planetária é prova concreta disso.

Temos a oportunidade de escolher nossos caminhos. É hora de cobraraquilo a que temos direito, de encontrar alternativas para avançar. Chega do discurso do "nada muda, nada se faz"; chega de apontarculpados mas continuar à espera de alguém que traga as soluções. Queremos, neste debate, provocar a passagem das palavras à ação. Vamos exercer nosso papel de cidadãos, mostrar que o vilaboense é capaz demudar a história. Se desejamos mudanças, vamos nos dedicar a esta causa, individual e coletivamente. A primeira capital do estado precisa retomar a sua tradição de mobilização social.

Uma vez por ano a Cidade de Goiás se veste de festa para receber o FICA. Quando acaba o Festival, o encanto se desfaz. Só que em vez de maquiagem e disfarces temporários, nossa Vila Boa precisa de atenção ecuidados permanentes. Queremos motivos para comemorar o ano inteiro, eseremos o lugar perfeito para este e outros tantos eventos. Porque acreditamos que a cidade que é boa para os seus moradores certamenteserá boa para os seus visitantes.

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