Agenda do Movimento

06 novembro 2009

A busca dos ideais esquecidos

Ultimamente tenho refletido muito a respeito da postura assumida por organizações governamentais e da sociedade civil nos projetos e ações de caráter ambiental que desenvolvem ou participam como parceiras.
A cada dia, aumenta minha impressão de que o foco delas está perdido. Como membro de um movimento de juventude e meio ambiente, participo de várias reuniões para elaboração, execução, realização de projetos e eventos na área, e afirmo, sem medo das possíveis críticas, que uma boa parte das instituições não estão ali para colaborarem com a melhoria do ambiente. Muitos eventos realizados sequer conseguem sensibilizar pessoas a fazerem o que elas deixam de fazer.
Estou cansada de ver a “Guerra entre as instituições”. Muitas vezes silenciosa, ocultas, camufladas, outras vezes barulhentas, escancaradas, desrespeitosas, mas em todas elas inúteis. Em todas elas tirando aos poucos o ânimo de seguir, de fazer, de militar. E quando falo em militar não estou me limitando às organizações que agrupam militantes voluntários, mas a todas as organizações que reúnem pessoas com a missão de desenvolver ações, fiscalizar a sociedade, porque não militar para que todos tenham um ambiente equilibrado. Segundo o dicionário Aurélio, militante é aquele que está engajado na luta por uma causa, uma idéia, um partido, etc. Portanto, nós envolvidos nessas ações e projetos não somos todos militantes? Ao menos deveríamos nos portar como tais.
Estar nessas reuniões, projetos e encontros deveria ser algo revolucionário. Como os “caras-pintadas” que insatisfeitos, protestaram, revolucionaram e militaram. O que fazemos é também um protesto ao desrespeito com o meio, é revolução passar horas pensando em como realizar algo que ajude a engajar pessoas na causa e é militar, empenhar-se por esta causa. Uma vez ouvi numa reunião o comentário: “No fim das contas, isso aqui não ajuda e não é bom para ninguém, principalmente para o meio ambiente”.
Sinto falta do comprometimento das pessoas e instituições com essa revolução. Quero me sentir bem com as ações, projetos e reuniões que participo. Como me senti ontem após uma reunião com sapientíssima Rosa Viana e @s querid@s companheir@s de luta que lá estavam.
Quero buscar os ideais esquecidos. Quero ao meu redor militantes e revolucionários com o mesmo sentimento. Quero estar nos lugares que me permitem isso.

2 comentários:

  1. Compartilho fixamente de seus ideais Thaís!
    Idem, idem e idem. Sempre. Parabéns pelo texto.

    Tbm almejo os citados.

    Abçs, João Damasio.

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  2. Tem que haver união, pois a causa é para todos! E parabéns pelo trabalho que vem realizando!

    Um abraço!

    Valtinho
    Goianésia-GO

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