Sociedade: Segundo a Wikipédia (na falta de uma fonte melhor
para o momento), trata-se de uma “associação amistosa com outros”. Interpretando
no nosso contexto: São necessárias divergências para haver associação entre elas. Se é amistosa,
é porque foram construídas formas de organização que possibilitaram isso. Instantaneamente,
urgiram movimentos sociais. E qual o objetivo deles se não movimentar, ou seja, sair do amistoso e re-valorizar a divergência?
Movimentos sociais são, portanto, organizações ativas de contracultura.
Do lado das ciências exatas e do pensamento grego, surgiu o
termo redes sociais, pelo menos algumas dezenas de centenas de anos antes de
qualquer mensuração sobre sites como Twitter ou Facebook. Adotou-se que os
movimentos sociais eram redes unidas por laços ideológicos, pois só assim seria
justificada a “contra-adição”.
Feita essa introdução atropeladamente todoroviana até aqui,
vamos ao que interessa: a comunicação nos grupos de mobilização social. Aqui,
ignorando qualquer escola de comunicação, todos referem-se ao termo apenas para
significar “meio”, que é usado, manipulado, construído ou destruído pelos
indivíduos.
Falha é considerar a comunicação como ferramenta ao nosso
dispor para mobilização. A prancheta do artista não é sua arte. O quadro negro em
sala de aula não é a educação. Os meios virtuais ou não, também não são a
comunicação.
Quando a comunicação não é subestimada, ela é superestimada.
Oito ou oitenta mesmo. Nesse segundo quadro, os movimentos partem apenas para o
marketing ideológico. Comunicam até o que não existe.
Os processos de formação comuns a todos os movimentos sociais
simplesmente não existem sem comunicação. E essa afirmação é correta partindo
de qualquer teoria, seja da comunicação enquanto diálogo, transmissão,
interação etc. Mas também não adianta querer comunicar algo que não existe
porque não tem forma (de formação).
Ai entra a perspectiva transversal. A educação luta para ser
transversal. A comunicação simplesmente é e não é possível abstraí-la daí. O
sufixo de ambas é “ação”. Em acordo, são quase utopia de tão acertadas. São almas
gêmeas que reencarnam a cada nova teoria (filha) entre elas.
Pela perspectiva transversal, a comunicação no contexto dos
movimentos sociais deve servir a seu mais alto nível de conceituação: a crítica.
Por isso, não sobrevive sem a educação e seu caráter genuinamente crítico.
Coisa de excelência mesmo. Partindo desses pressupostos, vale qualquer ação
comunicativa, mesmo que você chame a comunicação de meio ou ferramenta.
por João Damasio, estudante de Jornalismo na Faculdade Araguaia.
. A relação de forças não é determinada apenas pelas forças linguísticas em confronto: é toda a estrutura social que se faz presente em cada interação; cabe às instituições sociais definir as condições a serem cumpridas para que a magia das palavras possa operar.
ResponderExcluirClube da Sombrinha.