Agenda do Movimento

23 março 2008

Mulher e o Movimento Ambientalista

(Entrevista - Uma Geração Aprende com a Outra)

O Dia Internacional a Mulher não é apenas uma data no calendário para comemorar. Mas sim para refletirmos sobre o papel essencial que as mulheres ao longo da história construíram dentro dos movimentos sociais, das lutas em defesa de seus direitos e da igualdade de gêneros. Para falar sobre o assunto, levamos até você uma entrevista com a educadora ambiental Michèle Sato.

CJ-GO: Qual a importância de discutir as formas que a mulher atua na sociedade e principalmente no movimento ambientalista?
Michèle: Acredito que o primeiro grito ecologista que ainda permanece nos corações foi o de Rachel Carson (primavera silenciosa). Na voz de seu canto, homens e mulheres deram as mãos para que o planeta fosse sustentável, tanto do ponto de vista da inclusão social como da proteção ambiental. E se nosso discurso for realmente inclusivo, ninguém pode ficar de fora, as mulheres tem muito a contribuir nesta luta de todos nós. Por muitos anos, talvez a humanidade masculina tenha usado um tapa-olho, percebendo os dilemas sócio-ambientais com o protagonismo principalmente dos homens. Novos tempos ampliam cenários, retiram este "tapa-olho" e a visão do mundo, desta vez com os dois olhos, nos dá mais coragem à trajetória do ecologismo.

CJ-GO: Você como educadora ambiental observa a necessidade ainda de refletir e encaminhar as questões de gênero?
Michèle: Sim, temos trabalhado muito nesta linha aqui no Grupo Pesquisador em Educação Ambiental (GEPA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com várias frentes de pesquisas. Este ano, estarei morando na Espanha por um período e uma das minhas responsabilidades é coordenar uma rede entre os países lusófonos para que o empoderamento feminino seja concretizado, principalmente no tocante aos países africanos. Minha pesquisa pessoal será trabalhar com as narrativas das mulheres, sobre suas histórias, crenças, lendas ou mitos. No conjunto destas histórias, verificar quais entrelaçamentos com a dimensão ambiental são possíveis, produzir material artístico-pedagógico e promover a formação de mulheres no campo da Educação Ambiental.

5 comentários:

  1. amados amadas... QUE DELÍCIA ESTE BLOG COLETIVO, NO SONHO DE TODOS NÓS. eSTOU HONRADA EM ESTAR NESTA ENTREVISTA - MUITO OBRIGADA!

    um beijo com doçura, para que a luta seja menos sofrida.

    ----
    Sinal de batom
    (Zé Miguel Wisnik e Alice Ruiz)

    este sinal de batom
    num guardanapo
    pode bem ser de um beijo
    mancha num trapo
    pode querer dizer nada
    ou então dizer
    que eu te aguardo
    a boca num pano mudo
    papel que faço
    desejo pano de fundo
    que eu disfarço
    dor que nem bem se escondeu
    e ninguém vê
    ou só eu
    e alguma tarde
    você
    *

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  2. Très bien, também pudera, com Michèle na parada, pode crer que o resultado é 100%.
    Gostaria de deixar aqui os parabéns ao CJ Goiás. Podem contar comigo sempre.
    Um beijo e um forte abraço,

    LUÃ GABRIEL.

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  3. Obrigado pela presença, querida Mi.
    Douçura maior é poder ter um pouquinho de ti mais perto de nós, poder sonhar contigo!

    Obrigado pela força, Luã! Assim, construimos juntos o movimento de juventude pelo meio ambiente.

    Forte abraço,
    Diogo.

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  4. Adorável conhecer mais a Michèle
    tão querida.
    parabéns pelo blog e ações !
    afetuoso abraço a todos, virgínia NH RS Brasil

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  5. obrigada Luã, Di e Vica

    passando de novo pra agradecer e mandar meu beijo de super fraternura
    *

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